Por estes dias, vi a reportagem da SIC, sobre a produção de azeite no Alentejo. A reportagem falava sobre o aumento brutal da plantação de oliveiras e do azeite. Na mesma, falou-se também da falta da água que começa a ser pouca para tanta plantação. São milhares e milhares de hectares, cheios de oliveiras, os cientistas temem pelos os solos, que cada vez mais, estão a ficar danificados. O problema não está nas oliveiras, o problema está na maneira como estão a ser tratadas e a rapidez que são submetidas para dar uma “boa produção” aos consumistas.
Parei para pensar e percebi, que realmente o mundo não para, não coloca um travão no seu consumo. Até parece que eu não sabia destas coisas, mas as vezes parece que tudo passa ao lado. Estamos a nos tornar consumistas implacáveis, sem travão, sem consciência do futuro. Tudo à nossa volta se degrada aos poucos e nós, continuamos felizes e contentes.
Como será o futuro dos nossos filhos e netos? Será que eles vão puder desfrutar de um mundo melhor? Será que a indústria alimentar e tantas outras indústrias, vão conseguir dar volta à situação? Parecer-me que já não vão ter muito mais tempo. As pessoas estão a comer muito mal, a alimentação de sabor fácil, está a matar milhões de pessoas.
A ideia de gastar e de consumir, está a matar pessoas. Não podemos só pensar, nas pessoas que consumem demasiada comida e que a deixam estragar; temos que pensar também naquelas pessoas, que ficam doentes psicologicamente e acabam por ser acumuladores de tralha. Também temos aquelas, que ficam perturbadas pelo consumismo de tal modo que, fazem dívidas enormes e destroem a sua vida. Infelizmente isso acontece com muitos; pode não ser no nosso seio familiar, mas existe.
O consumo exagerado, mata, seja alimentar, seja de bens materiais. Bens materiais, esses nem sequer chegamos a levar no caixão, fica tudo cá e ainda ficam cá os outros que vão brigar por esses mesmo bens. Esta é a mensagem que gostaria de passar para vocês hoje. Tenha cautela, pense bem antes de entrar nesse jogo do consumo, seja prudente nas suas escolhas. Falo também por mim, cabe a mim também fazer essa análise e pensar mais no futuro.