São tantas, tantas, tantas, tantas vozes. Hoje, ouve-se tantas vozes, ouve-se tantas opiniões, tantas dicas; seja no youtube, no instagram, no facebook, no tik tok e etc. Ouve-se tanto, que cada vez mais se nota que o nosso cérebro, não tem, tanta capacidade assim, para assumir a informação que é recebida.
São as notícias, que cada vez mais são “fakes”; só em modo de dominar as pessoas, em massa. São os que fazem da sua experiência de vida, em ensinamentos, sendo que não somos todos iguais, para que o que é partilhado possa servir para quem as ouve; e existe coisas que nem se quer são preciso ser partilhadas, porque são, demasiado pessoais. Depois querem ser respeitadas; e elas próprias não respeitam a sua privacidade.
Existe cada vez mais um distanciamento da realidade e da verdade. Tudo acaba por se tornar banal, o que ontem era simples, hoje, já se torna uma complicação. As pessoas ficam a comparar-se, umas com as outras e ficam cada vez mais frustradas, mas é tudo um “processo”. Nada está bem, ninguém vive bem, é tudo um “processo”, que de agora em diante, terás de “pagar”, para te desenvolveres nesse processo. Receber instruções para esse “processo”.
Sim, porque atualmente, tudo se resume a uma venda de tudo. Já ninguém dá nada a ninguém. “Queres ser mais produtivo no teu dia-a-dia? Eu posso te ajudar! Só tens de clicar no link e pagares cem euros e recebes um meu e-book grátis com as dicas todas, para teres um dia muito produtivo. Não percas esta oportunidade! Só tens um minuto para agarrares esta promoção! Começa a contar… Aaaaaaaaah já passou. Perdeu a promoção. Agora para aceder às minhas dicas infalíveis, o valor fica duzentos euros.”
O problema é que muitos, infelizmente, são criados com inteligência artificial. Que não custou nada a fazer, não tem qualquer experiência do autor naquele trabalho e as pessoas vão atrás disto. Pagam por isso. Gastam o seu dinheiro e ficam na mesma, porque as vidas não são todas iguais. O que resulta para mim pode não resultar para o outro. Simples. Acredito que cada um tem de encontrar a sua forma de estar, fazendo e vivendo as experiências por si só. Aprender e a crescer todos os dias.
Não desfazendo dos que são realmente, profissionais e que estudaram para isso. Uma coisa é ter formação outra coisa é fazer por conta própria, como autodidata, por acha-se no direito de assumir um papel que não é dele. É como um coach, ele é um treinador de pessoas, não um psicólogo; e muitos tentam ser os dois sem ter qualquer formação. Digo umas coisas bonitas e já está.
Se formos olhar bem nas redes, existem tantos “médicos”, “coaching”, “psicólogos”, “veterinários” e por aí vai. Todos são alguma coisa, todos tem de ser alguma coisa, ou então são um pouco de tudo. Até mesmo eu, que estou a escrever agora, dou também a minha opinião, sugestão; talvez faça pensar, talvez traga alguma consciência, para as pessoas, ou talvez até não traga nada de novo, nem de relevante. Todos nós temos sempre alguma coisa a dizer; e fazer? Será que fazemos? Muitas das vezes, não fazemos.
Quem realmente vive o que fala? Quem realmente é aquilo que comenta? Bem, nunca vamos saber, porque quando alguém se esconde por de trás de uma rede social, fica difícil de entender ou perceber a pureza daqueles factos. Mesmo que mostre a cara, nada é cem por cento realidade.
Ouvimos tanto e vemos tanto; que já não conseguimos ver o que é real e o que é inteligência artificial. O mundo está cada vez mais, cheio de si mesmo, cheio de orgulho e de vaidades. Entramos na era do oito ao oitenta. Deixamos de ser felizes como eram os nossos tetravós. Podia até haver alguma dificuldade extrema, se calhar havia quem passasse fome, mas eram bastante felizes, simples, verdadeiros, de palavra, fiéis, com um grande carácter.
Atualmente, onde estão, esses valores? Tudo se está a perder, por conta do enchimento de informação inútil que entra, pelo nossos olhos e os nossos ouvidos. As pessoas querem brilhar seja no que for, e dobram-se, a fazer cenas ridículas em frente a uma câmara de telemóvel, só para ter um falso amor instantâneo dos seus seguidores, que nada acrescenta na sua vida.
Além disso, deixam a vida "normal" para trás, deixam filhos, deixam as relações humanas desaparecerem. Só nos locais públicos, conseguimos perceber o quanto as pessoas estão enfiadas nas suas próprias “cavernas” onde o mundo delas não passa de um retângulo, cheio de cor, som e mentiras. Tudo irreal, tudo falso.
Até mesmo as crianças, já ficam dependentes desse, “ladrão de tempo”; tempo esse, que é precioso, para o seu desenvolvimento como ser humano. Dizem que as redes sociais e os jogos são como droga, quanto mais ficas ligado, mais vontade tens de ficar lá.
E o mundo lá fora? Ver uma paisagem bonita num reels, é a mesma coisa, que ver ao vivo? Sentir o cheiro, ver cada detalhe, ouvir o som do vento, dos pássaros, da água; sentir isso tudo é mais enriquecedor do que, ver numa tela, onde a bateria se acaba e o tempo do vídeo também.
O que você prefere? Estourar a bateria de um telemóvel, ou gastar o seu tempo com o que realmente vale a pena? Enquanto tenta acabar com a bateria do telemóvel, não se esqueça que também está a acabar com a sua bateria espiritual e cerebral.
Por isso atualmente, vemos tantas ansiedades, tantas depressões e tantos suicídios a acontecer. Isto não é mentira, é real. É o que está a acontecer com muita gente. Já não se sentem úteis. Mas tudo pode mudar, basta decidir mudar e não aceitar continuar dessa forma. Seja fiel a si mesmo e certamente que encontrará um caminho melhor.
Não quero de forma alguma, convencer ninguém a mudar, ou encontrar outros caminhos, mas é importante alertar, falar sobre as coisas que estão a acontecer. Isto se aplica também, ao tempo. Cada vez mais vemos o mundo a dar sinais do seu fim. Nem todos irão aguentar o quanto o planeta vai mudar. Isto é real, isto é a verdade.
Isto para quem acredita; porque também respeito, quem não acredita. Mas para quem acredita, sabe perfeitamente que estamos mesmo a caminhar para o fim. Não está a acontecer nada, que não tivesse já sido previsto há dois mil anos atrás. Quem realmente acredita, sabe que isso é verdade.
O amor nas pessoas, está a desaparecer; e não é só de agora, tudo começou, lá no tempo em que foi inventada a televisão. Sim, a televisão já era um ecrã, que só mostrava o que os governos queriam que passasse, e acredito que isso ainda aconteça hoje. Para mudar as mentalidades e de alguma forma tirar as pessoas da realidade.
Existe, e vai sempre existir manipulação naquilo que é transmitido ao público. Manipulação até mesmo do tempo, para roubar a atenção; envolver as pessoas em coisas inúteis e que nada acrescenta, na sua vida. O que; por exemplo; o “Big Brother” acrescenta na vida das pessoas?
O “Big Brother” é só um exemplo; pois, cada qual vê o que quer. Mas é uma forma de deixar esta questão o fazer pensar um pouco. Porque não existe ninguém, que esteja na televisão ou até mesmo na rede social, que vai pagar as suas contas no final do mês. Certo?
Falo isto, para aqueles que são mais dependentes e mais sedentários, em relação a este tema, de forma a consciencializar e chamar a pessoa há terra. Um dia ficamos sem internet, como é que vai ser? Quem tem a sua vida a depender “dela” como vai ser? Houve aí uma época que o instagram foi abaixo, ficou meio mundo com as mãos na cabeça a pensar que iriam perder tudo. E se acontecesse mesmo? Acabar? Como será? Não teríamos nós, que pensar em outras alternativas?
Bem, acho que nunca escrevi um texto tão grande como este, espero não estar a ser um exagerado, mas é preciso acordar. Certo? E olhem que tem muitos temas em que o mundo precisa mesmo de acordar. O mundo está a ficar cheio e só temos este por enquanto. Até chegarmos a Marte ainda vai levar muito tempo; e não sei bem se chegamos a tempo disso.
Deste mundo não levamos nada. Vimos para cá sem nada e vamos sem nada; nem um fio de cabelo. E quem pensa que leva, já está a pensar mesmo mal. Lamento, mas não leva mesmo nada, por mais que queira levar. Por isso é bom gozar, aquilo que temos e fazer o melhor por nós e pelos outros.
Até à próxima.